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Em tudo, os que chegam primeiro pegam o melhor. Porque na vida afetiva seria diferente?


Como em tudo na vida, a conquista amorosa tem regras. A maioria das pessoas entende que regras organizam mais e representam uma espécie de acordo que evitaria possíveis brigas por divergências de interesses e de ideias. Apesar de muitos não levarem a sério o processo de conquista, tratando como se fosse uma reles diversão.

Uma dessas regras é a de que as pessoas devem se casar preferencialmente na faixa dos 20 anos. O que é óbvio é o fato de que os que chegam primeiro pegam o melhor. Como vivemos no mundo - ainda - machista, os homens ainda ficam com a responsabilidade pelo processo de conquista, como os "caçadores" que vão tentar pegar a "caça" (mulheres).

Para ser os primeiros, é preciso ter o perfil mais próximo o possível ao macho "alfa" ou pelo menos ter uma rápida esperteza. O mito de que os mais românticos e apaixonados se dão melhor na vida amorosa é falso. No mundo dos espertos e dos fortes quem se dá bem são os espertos e os fortes e negar isso é viver em um mundo paralelo longe da realidade.

E quanto aos não-espertos e fracos? Resta pegar as sobras. Mulheres que não possuem muitas qualidades estéticas e/ou intelectuais - sim, os homens de hoje preferem as inteligentes; as burras só falam besteiras - são as que restam para os homens que não se enquadram nos perfis ideais do macho protetor/provedor ou não possuem a esperteza necessária para aproveitar de forma imediata as escassas oportunidades que aparecem.

Mas os otimistas de plantão - geralmente pessoas com alguma facilidade de relacionamentos, consequentemente com facilidade de conquistar cônjuges - enxergam excesso de oportunidades e até um certo privilégio para os que chegam depois ou fogem de qualquer padrão burocrático de atração.

Estes otimistas ignoram - ou fingem ignorar - que existam regras rígidas no processo de conquista e celebram de forma infantil uma suposta democracia que não existe na conquista da pessoa amada. No fundo, sem admitir, todos sabem que para fracos e não-espertos, a conquista amorosa possui as mesmas dificuldades que qualquer coisa na vida, graças a complexidade humana que nos obriga a criar regras.

Se em qualquer situação na vida, os que chegam primeiro pegam o melhor, porque seria diferente na vida afetiva? Porque espalhar a mentira de que as mulheres solteiras são maioria e são as melhores? Quem é esperto, aproveita melhor as oportunidades e age com rapidez para pegar o melhor antes de todo mundo. 

A solidariedade masculina é outro mito falso e secretamente todo homem pretende passar a perna nos concorrentes para pegar a melhor mulher que estiver ao seu alcance. O outro que se vire ou se contente com o que sobrar. Sem direito de reclamar. Até porque não tem para quem reclamar, já que o gestor e legislador das regras de conquista é invisível. As regras fazem parte de um processo naturalizado que parece ter vida própria.

Concluindo, temos que parar de uma vez por todas com este otimismo. No mundo cão, as regras valem para tudo, incluindo a conquista amorosa. Se não se adequar as rígidas regras impostas pela sociedade, ficará diante de duas opções: aceitar o que não se gosta ou viver na solidão. São essas as regras deste jogo cruel que ninguém quer acabar.

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