Pular para o conteúdo principal

Estipular bares como lugares de paquera sinaliza que romantismo está em baixa

Os tempos medíocres em que vivemos, parece que os seres humanos estão dispostos a recuperar os tempos primitivos em que o instinto dominava a racionalidade precária, ainda emergente. Hoje queremos ser como os espantalhos: sem cérebro e sem coração, pois não precisamos mais nos esforçar para pensar e nem livrar de nossos supérfluos para beneficiar pessoas carentes.

Os relacionamentos e a maneira de como os iniciamos parece seguir esta tendência. Por isso que  casamentos andam cada vez mais frios e a prática de crimes contra cônjuges se torna cada vez mais rotineira, mostrando que do contrário que as sempre alucinadas religiões dizem, os tempos de barbárie ainda não acabaram.

Um dos costumes mais comuns é estipular bares como lugares mais perfeitos para se começar um namoro. Pelo que eu sei, bares são lugares para vender bebidas alcoólicas. Não foram criados para servir de "cupidos institucionais". Mas a sociedade, baseada no fato de que bebidas alcoólicas eliminam a timidez, adoraram a ideia de transformar bares em versões físicas dos aplicativos de paquera.

Só que, se verificarmos bem, bares nada tem de romântico. É inclusive reduto de machos aposentados com idade elevada, onde se divertem de forma passiva, como se estivessem esperando a morte chegar. O que há de romântico em ver homens idosos, sem beleza e sem força física, enchendo a cara pedindo para a morte chegar mais rápido? Como enxergar em lugares assim a oportunidade perfeita para encontrar a "alma gêmea" para um casamento perfeito?

Esta insistente mania de impor os bares como lugares ideais para paquera é um sinal evidente de que o  romantismo está cada vez mais em baixa. Além disso, aumentam casamentos de fachada, casamentos por interesse ou relacionamentos que vão direto para o fracasso, com pessoas que apenas se suportam dentro de um mesmo teto. 

Aumentam também casamentos onde os cônjuges raramente são vistos juntos, com alguns até morando separados, numa prova de que além da falta de romantismo, as pessoas preferem casar com o casamento em si, para cumprir regras sociais, satisfazer a vontade alheia e esperar um respeito coletivo, perpetuando o equivocado estereótipo de que adultos solitários são sinônimos de adultos fracassados.

Porque não estipular lugares realmente românticos como lugares de paquera, como parques com plantas (como o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro) e exposições de flores? Não é preciso se encher a cara para paquerar, sendo necessário apenas que as pessoas se sintam a vontade para tal, inspiradas pelo clima romântico de um lugar belo e florido. Coisa que nenhum bar tem condições para oferecer. A não ser machos idosos esperando a morte chegar. E não há nada de romântico nisso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em baixa, boazudas aceitam namorar sem interesse

A lei da oferta e da procura sempre existiu na vida afetiva. Ninguém gosta de assumir, mas sabemos muito bem que quanto mais desejado for o produto, mais dificuldade de adquiri-lo ele terá. Mulheres que são mais atraentes costumam ser mais difíceis de se conquistar, como produtos mais procurados costumam custar mais caro. Enquanto as jornalistas, mulheres mais desejadas do país, estão se casando com profissionais que ocupam cargos de liderança (o que já acende o alerta amarelo que detecta uma "pistoleira"), as musas "sensuais" que ganham dinheiro em expor seus corpos sem motivo algum (como paniquetes, dançarinas, calipígias, funqueiras, etc.), agora em baixa, agora deram de aceitar qualquer tipo de homem, por mais fraco e pobre que possa parecer. Trocando em miúdos, ficou "mais barato" e fácil conquistar uma musa como quaisquer das concorrentes do concurso Miss Bum Bum. Homens que ocupam cargos de liderança normalmente detestam mulheres "se

Mulheres cariocas são infiéis porque são interesseiras

É um mito, infelizmente comprovado na realidade, de que as mulheres cariocas são infiéis. Apesar de ser um mito conhecido, ninguém se preocupou em saber o real motivo disto. Nossa equipe resolveu pesquisar, ligando vários fatos, e chegamos a uma conclusão. Por incrível que pareça, para entender tudo, é preciso partir do princípio de que o povo carioca adora diversão e consumismo. Por ser a capital cultural do país (a capital política é Brasília e a econômica, São Paulo), além de ser o reduto de celebridades e artistas por ser o centro midiático do país, é natural que isto influencie o estilo de vida de seus habitantes. Cariocas querem consumir e consumir exige dinheiro. E dinheiro é dado por outras pessoas, necessitando de contato humano. Amizades, namoros e contatos profissionais são essenciais na obtenção de direitos, incluindo dinheiro. Ou seja, as mulheres, numa sociedade de consumo, tem que se casar por dinheiro. Não que as mulheres fossem incapazes de conseguir gan

Caio Castro gera polêmica ao dizer que homem não é obrigado a pagar refeição no primeiro encontro

Uma declaração do ator Caio Castro irritou as feministas em uma declaração que movimentou a internet nos últimos dias. Em uma entrevista para o podcast Sua Brother, o ator disse que os homens não deveriam ser obrigados a pagar a refeição em um primeiro encontro. Segundo ele, o pagamento deveria ser voluntário por parte do homem. "Qual a diferença de pagar a conta e ter que pagar a conta? Me incomoda muito essa sensação de ter que sustentar, ter que pagar… Eu não tenho que fazer p*rr* nenhuma. Faço questão de te chamar para jantar, vou ao banheiro, já pago a conta… Não chega nem conta, já está resolvido… Agora, pediu a conta e não se mexeu e não perguntou nunca, como se eu tivesse esse papel? Você não é minha filha.". A declaração revoltou muita gente, principalmente as feministas. Para elas, num pensamento contraditório, coerente em um país que culturalmente aceita contradições, o ato de pagar no primeiro encontro deve ser obrigatório por ser uma gentileza.  Ué, se é gentilez