Pular para o conteúdo principal

Agressores de mulheres se declaram bolsonaristas. Entenda o porquê

Um integrante de nossa equipe visitou um site progressista - como defensores das mulheres, nós aqui somos progressistas - onde havia uma postagem sobre o infeliz aumento da violência contra a mulher. Algo que nos revolta e que cresce junto com a onda de ódio que temos no Brasil.

Nos comentários, uma pessoa que possivelmente votou em Bolsonaro, mas possui boa índole, ficou revoltada com a associação do nome do ex-capitão a agressores contra mulheres. A pessoa provavelmente deve estar um pouco mal-informada sobre a necessidade de fazer a associação. Vamos explicar o porquê.

Para entender isso, é preciso lembrar que a agressão contra mulheres faz parte do dogmatismo machista. É horrível, concordamos, mas machistas tendem a naturalizar a violência contra a mulher, pois eles acreditam que existe uma "honra a ser defendida" e se a mulher não faz o que o machista quer, ela deve ser punida para que "a honra seja protegida, mesmo que tenha que ser lavada com sangue".

É um cenário de pavor que infelizmente tem sido legitimado pela noda de neo-conservadorismo dos últimos anos. O Bolsonarismo, que é um tipo de ideologia fascista - e o fascismo é machista por natureza - serve não somente para legitimar o machismo como para garantir impunidade a quem agredir as mulheres sob justificativa de "defender a honra masculina".

Um governo que pretende absolver policiais que matarem inocentes sob desculpa de estar sob "emoção forte", certamente vai perdoar machistas que agredirem ou matarem as mulheres. Os agressores acreditam nisso e a chegada ao poder de Bolsonaro, um machista assumido, representou a possibilidade de impunidade que estimula o aumento de casos deste tipo.

Pesquisas feitas nos perfis de agressores de mulheres, com grande maioria de maridos ou namorados das vítimas, confirmam a adesão de 100% deles à campanha em prol de Bolsonaro. Sádicos, machistas não iriam votar em candidatos progressistas, que tem altruísmo em sua filosofia, a não ser que estivessem fingindo. Ideologicamente, machistas sempre são de extrema-direita, por afinidade de ideias e de atitudes, entusiastas do mais cruel sadismo.

Por isso que é necessário fazer a associação e mais ainda lutar pela derrubada de Bolsonaro, eleito sem um projeto de governo claro e graças a mentiras espalhadas nas redes sociais e nas emissoras de televisão, representando uma onda de retrocessos que nos devolve aos tempos medievais do Brasil Colônia, onde as mulheres nada eram além de serviçais e brinquedos sexuais de homens sádicos e irresponsáveis.

Resta-nos dizer: #EleNão. Fora, Bolsonaro!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em baixa, boazudas aceitam namorar sem interesse

A lei da oferta e da procura sempre existiu na vida afetiva. Ninguém gosta de assumir, mas sabemos muito bem que quanto mais desejado for o produto, mais dificuldade de adquiri-lo ele terá. Mulheres que são mais atraentes costumam ser mais difíceis de se conquistar, como produtos mais procurados costumam custar mais caro. Enquanto as jornalistas, mulheres mais desejadas do país, estão se casando com profissionais que ocupam cargos de liderança (o que já acende o alerta amarelo que detecta uma "pistoleira"), as musas "sensuais" que ganham dinheiro em expor seus corpos sem motivo algum (como paniquetes, dançarinas, calipígias, funqueiras, etc.), agora em baixa, agora deram de aceitar qualquer tipo de homem, por mais fraco e pobre que possa parecer. Trocando em miúdos, ficou "mais barato" e fácil conquistar uma musa como quaisquer das concorrentes do concurso Miss Bum Bum. Homens que ocupam cargos de liderança normalmente detestam mulheres "se

Mulheres cariocas são infiéis porque são interesseiras

É um mito, infelizmente comprovado na realidade, de que as mulheres cariocas são infiéis. Apesar de ser um mito conhecido, ninguém se preocupou em saber o real motivo disto. Nossa equipe resolveu pesquisar, ligando vários fatos, e chegamos a uma conclusão. Por incrível que pareça, para entender tudo, é preciso partir do princípio de que o povo carioca adora diversão e consumismo. Por ser a capital cultural do país (a capital política é Brasília e a econômica, São Paulo), além de ser o reduto de celebridades e artistas por ser o centro midiático do país, é natural que isto influencie o estilo de vida de seus habitantes. Cariocas querem consumir e consumir exige dinheiro. E dinheiro é dado por outras pessoas, necessitando de contato humano. Amizades, namoros e contatos profissionais são essenciais na obtenção de direitos, incluindo dinheiro. Ou seja, as mulheres, numa sociedade de consumo, tem que se casar por dinheiro. Não que as mulheres fossem incapazes de conseguir gan

Caio Castro gera polêmica ao dizer que homem não é obrigado a pagar refeição no primeiro encontro

Uma declaração do ator Caio Castro irritou as feministas em uma declaração que movimentou a internet nos últimos dias. Em uma entrevista para o podcast Sua Brother, o ator disse que os homens não deveriam ser obrigados a pagar a refeição em um primeiro encontro. Segundo ele, o pagamento deveria ser voluntário por parte do homem. "Qual a diferença de pagar a conta e ter que pagar a conta? Me incomoda muito essa sensação de ter que sustentar, ter que pagar… Eu não tenho que fazer p*rr* nenhuma. Faço questão de te chamar para jantar, vou ao banheiro, já pago a conta… Não chega nem conta, já está resolvido… Agora, pediu a conta e não se mexeu e não perguntou nunca, como se eu tivesse esse papel? Você não é minha filha.". A declaração revoltou muita gente, principalmente as feministas. Para elas, num pensamento contraditório, coerente em um país que culturalmente aceita contradições, o ato de pagar no primeiro encontro deve ser obrigatório por ser uma gentileza.  Ué, se é gentilez