Eu não li livro, não vi filme nem pretendo fazer qualquer uma das duas coisas. O filme, baseado no superestimado livro que , segundo muita gente que leu e se decepcionou, lembra uma versão erótica e urbana da saga Crepúsculo, só que sem monstro.
Na verdade, e mais uma daquelas reconstituições da famosa fábula de Cinderela, e que alegram tanto a sociedade conservadora (quem disse que conservados na gosta de sexo e palavrões?) por manter o homem provedor/protetor e a mulher brinquedo sexual em seus devidos lugares.
Aliás, para isso que o filme serve: para que mulheres lindas continuem virando pistoleiras desejando ricos homens de beleza inalcançável que possam servir para versões de carne em osso de utópicos príncipes encantados ou de versões humanas dos animalescos machos-alfa.
Tanto mulheres quanto homens irão se decepcionar não apenas com a qualidade do filme - quem viu, achou uma merda - mas também com a mensagem do filme, que mostra um relacionamento fora da realidade, um daqueles muito comuns em revistas femininas tipo Julia e quejandos.
Quer ver, veja para se divertir. Mas não espere transformar o relacionamento mostrado no filme como meta de afetividade em sua vida. O colorido de sua vida vai se resumir a um tristonho tom acinzentado.
Pelo menos o nome do filme foi adequado. Em tempos sem amor, onde todos preferem proteger animais do que seres humanos e amigos e cônjuges são usados apenas para satisfazer interesses mesquinhos por sexo e dinheiro, a vida afetiva se resume a um preto e branco sem graça. Um festival de enganação onde a palavra "amor" foi reduzida a meras cinzas. Sem tom nenhum.
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