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Pessoas insistem em separar violência doméstica com a conquista amorosa

Um mal sempre deve ser cortado pela raiz, para que não volte a crescer. A raiz é o que chamamos a origem de alguma coisa, uma espécie de órgão vital que mantém esta coisa viva e em desenvolvimento. Mas tem gente que prefere cortar o mal pelo caule, se esquecendo que desta forma, o mal sempre renasce e não raramente se fortalece, tornando cada vez mais difícil de ser eliminado.

É o que pensam os que ignoram a influência de uma boa escolha afetiva na prevenção da violência doméstica. Todos os casos de violência doméstica são acompanhados com o pensamento de que "eu não sabia que o meu marido era tão violento". Não sabia? Bom, vejamos.

A mulher escolhe um homem com jeito de agressivo, com porte de agressivo, com histórico de agressivo e depois diz que "não sabia que ele ele era tão agressivo"? Tradicionalmente, homem agressivos conquistam as mulheres com mais facilidade, tanto pela cara de pau que os enche de coragem para tomar a iniciativa, quanto o fato de que homens agressivos parecem "mais machos".

Apesar de começar a decair lentamente, com mulheres optando por homens mais pacatos e mais meigos, é ainda forte a preferência de mulheres por homens mais brutos, pois dão a impressão estereotipada de serem mais machos, de terem a virilidade em alta. Várias mulheres ainda se sentem mais seguras com um troglodita do lado.

É importante observar este detalhe pois todo caso de violência doméstica, quando o homem ofende, agride ou mata a sua companheira, começou de forma descontraída numa paquera que prometia ser amigável. Embora se a gente prestar a atenção no jeito do cara falar, fica meio complicado não imaginar que um cara assim seja incapaz de agredir alguém.

Mas as pessoas ignoram isso e ao invés de estimular as mulheres a escolherem melhor seus homens, preferem manter o esquema de conquista como sempre foi e a mulher que se vire com o homem que escolheu como marido. Até se separar e escolher outro troglodita para agredi-la, pois nem mesmo problemas graves conseguem educar brasileiros, um povo que adora repetir seus erros.

Porque não cortar o mal pela raiz e mudar o modo de como as pessoas se conhecem e iniciam namoro? Porque se prender ainda a velhos estereótipos? Porque achar que um troglodita irá se redimir e de uma hora para outra se tornar um gentleman como num passe de mágica?

Sinto que as pessoas continuam a fazer a coisa errada. Ou se muda os estereótipos de conquista, tornando a paquera mais séria e responsável ou vamos continuar a ver mulheres caindo mortas por iniciativa de seus sádicos maridos, machões que se acham melhores que qualquer ser humano e por isso se acham no "direito" de agredir quem eles quiserem.

Mulheres, cortem o mal pela raiz: mudem o critério de escolha. Cara muito durão, valente demais, extrovertido demais, falante feito tagarela. Bom, cuidado. É um bom sinal de que o relacionamento pode estar caminhando para um pesadelo. Pensem nisso!

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