Marido. Já pronunciaram bem esta palavra. Marido. Repararam que ela é uma palavra dura, pesada, sólida, nada romântica, quase com o mesmo impacto de palavras como guerra, ogro ou qualquer palavrão? Em inglês, outra palavra tão agressiva é utilizada com o mesmo significado: husband.
E o que vem a cabeça de uma pessoa quando ouve a palavra marido? Certamente vem a ideia de um troglodita que deu um murro em uma multidão de concorrentes e por isso conseguiu o direito de ter a mulher desejada pelos outros como um troféu.
Um troglodita que foi o escolhido por uma mulher por causa da capacidade que ele possui de esticar as pernas para os outros caírem. Um vencedor de uma guerra cruel e injusta.
E se a felizarda que elege o tal troglodita como "O Escolhido" não se acha objeto, deveria se achar, pois é desta forma que é vista pelo brutamontes que ela chama de marido. Se a mulher é um troféu, troféu é um objeto, logo a mulher é um objeto. A sensatez diz que pessoas não pertencem a pessoas e se pertence é porque não é pessoa, é objeto.
E a palavra marido deixa bem clara a sua semântica, reforçada pela sonoridade dura da palavra. Marido é o dono, o senhor, o possuidor. O coronel a responder pelo latifúndio pessoal que lhe atribui o nome de "esposa". O que se acha n direito de fazer o que quiser com a propriedade conquistada.
Deveriam inventar uma palavra mais suave e romântica para substituir a palavra marido. Marido é uma palavra feia demais. E machista demais.
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