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As escolhas amorosas no mundo virtual e real

Por Eduardo Morais - site  Espaço Filosófico

Para encontrar um bom parceiro ou parceira, o melhor é começar usando a razão. Nesse sentido, os sites e aplicativos de relacionamento podem ser um caminho interessante. Os brasileiros estão entre os que mais usam o mundo virtual para se relacionar. Nos orgulhamos disso e, paradoxalmente, quando se fala em sites e aplicativos de relacionamento amoroso (não estou falando de sites eróticos), a maioria ainda reage de forma extremamente preconceituosa.

Encontrar parceiros pela via tecnológica é visto como vergonhoso e indício de incompetência para os encontros que deveriam acontecer na vida real. A explicação para essa rejeição específica deriva, creio, da visão que a maioria tem do amor. Acham que o amor, para ser verdadeiro, tem que acontecer por acaso, como se fosse uma mágica, fruto da “flechada do Cupido”.

Até hoje as pessoas o veem como uma emoção que tem que ser livre de qualquer fundamento lógico e consideram humilhante a interferência da razão; ela rebaixa a qualidade do encontro, que passa a ser um evento de segunda categoria. O problema dos encontros que começam na rua, nos bares, baladas ou por indicação de amigos é que muitas vezes o encantamento se dá em função de traços um tanto superficiais e que não têm nada a ver com o caráter ou com a essência do outro. Isso sem falar que muitas vezes o encontro ocorre de madrugada, regado a enormes doses de álcool.

Se num primeiro momento as moças parecem mais interessadas em envolvimentos sérios, a experiência mostra que, uma vez havendo a continuidade da relação, os homens são, ao contrário da crença geral, os mais românticos e se apaixonam mais facilmente, sem levar muito em conta os elementos racionais que permeiam a mente feminina (elas avaliam melhor as características da pessoa antes de se enamorarem).

Não por acaso, são os homens, e não as mulheres, que foram os responsáveis por quase toda a literatura romântica disponível. (...)

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