O resultado do último Censo apontou que para cada mulher, existe 0,96 homem, na população brasileira. O fato foi comemorado pela mídia como se estivesse sobrando muitas mulheres, reforçando o mito do país-mulher, que tanto alegra machistas e feministas. Mas se prestarmos atenção, essa "comemoração" é de uma surrealidade digna de um quadro de Salvador Dali.
O que significa 0,96 homem para cada mulher? Significa que são 0,04 homens a menos, certo? Pelo amor de Deus, existe 0,96 homem?
Na Matemática, quando um número após a vírgula é maior que 5, se arredonda para mais, e menor se arredonda para menos. O que significa que temos empate. 1 homem para cada mulher, com redução de 0 (zero! Eu disse ZERO!!!) homens. Ou seja, a competitividade tão característica na vida afetiva continua de pé. Muitos búfalos machos lutando ferozmente pela escassez de fêmeas no mercado.
E eu tenho que comemorar isso? Comemorar porque foi tirado do meu caminho 0,04 homem? Ora, sociedade: amadureçam brasileiros, amadureçam! Larguem um pouco a cerveja, o futebol e as religiões e vão pensar um pouco!
Esse otimismo afetivo na minha opinião é coisa de tantã, de alienado. Otimistas sempre correm o risco de se decepcionarem no futuro. Enquanto não se decepcionam, continuam acreditando que "o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes", defendendo asneiras que quando colocadas em prova prática, se demonstram inexistentes e portanto, utópicas.
Fiquemos com a nossa realidade triste, feia, injusta e solitária. Pelo menos ela é palpável e real.
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