OBS: Interessante. Enquanto as mulheres de classe, talvez como "punição" por terem se recusado a serem objetos sexuais, se tornando profissionais independentes, são educadas para se casarem com profissionais bem sucedidos, as moças vulgares, por satisfazerem as expectativas de mulher-objeto, são "premiadas" com maior liberdade de ficarem solteiras ou se casarem com homens que não correspondem aos padrões do "maridão" dominador.
É o que se observa com muitas jornalistas casadas com sisudíssimos profissionais liberais e dançarinas fúteis que, ora permanecem solteiras, ora se envolvem com homens mais diferenciados. Mundo louco esse, com o novo machismo se renovando, ao invés de sumir de vez da sociedade.
Machismo tenta inverter papéis das mulheres
Por Alexandre Figueiredo- Mingau de Aço
O machismo que exerce influência muito forte na grande mídia, sobretudo a dita "popular", tenta inverter os papéis das mulheres famosas, deixando a emancipação feminina a meio caminho.
A exploração da imagem da mulher brasileira não é só feita através de comerciais de televisão que transformam a dona-de-casa ou numa débil mental ou a profissional liberal numa heroína, mas também é feita através da exploração da vulgaridade feminina, onde o tendenciosismo é ainda mais forte.
Nota-se que a mídia machista tenta inverter os papéis da mulher independente, de maneira que os efeitos das lutas das mulheres por melhor qualidade de vida e justiça social sejam minimizados da maior maneira possível.
Assim, a mídia tenta impor valores sociais que fazem com que as mulheres não se libertem totalmente da simbologia dos valores machistas, mesmo quando tenta de alguma forma uma emancipação social e profissional. O machismo tenta de um meio ou de outro exercer sua influência, ainda que indireta.
As mulheres capazes de dizer opiniões relevantes, expressar inteligência e adotar um mínimo de elegância e compostura possível e referenciais pelo menos não muito constrangedores, precisam, segundo a mídia machista, se projetarem ao lado de algum marido, geralmente ligado a algum cargo de comando ou liderança.
Já as mulheres que "sensualizam" demais, sem medir contextos nem situações e cometem todo tipo de gafe possível, elas, que adotam uma imagem de "mulheres-objetos" para um público masculino menos qualificado, são dispensadas de viverem sob a sombra de algum parceiro evidente.
Elas seguem um receituário machista da mídia popularesca, que no entanto tenta reduzir o teor machista na aparência, para não despertar suspeitas. Assim, as "musas" da mídia machista precisam participar de eventos LGBT (ligados às minorias homossexuais e congêneres) para dar a impressão de que seu meio social não é homofóbico.
O próprio brega se traveste de moderno e a cafonice dominante faz de tudo, em vários setores da dita "cultura popular" midiática, para que pareça "vanguardista" mesmo cheirando a mofo tóxico. O "popular" é pretexto para camuflar valores retrógrados sob o verniz do "novo".
Assim como as mulheres modernas - aquelas que unem classe e inteligência - são empurradas a viver sob a proteção conservadora do poderoso marido, as mulheres retrógradas, que só "mostram demais" seus corpos, são induzidas a usar artifícios "modernos" como divulgar fotos sensuais no Instagram e dar declarações (infelizes) nas redes sociais, dando a crer que elas estão "em dia com os avanços tecnológicos".
NO PASSADO, "BOAZUDAS" SE CASAVAM COM BICHEIROS E "CARTOLAS"
Num passado recente, as chamadas "musas populares" eram esposas de homens machistas geralmente mais velhos. Quando muito, um filho de um banqueiro de bicho com uns seis ou sete anos a mais que a moça em questão. Mas havia casos em que essas mulheres eram esposas de homens bem mais velhos, como velhos bicheiros e dirigentes de escolas de samba (bicheiros ou não) e presidentes de times de futebol ("cartolas").
Hoje, com as mudanças tendenciosas do brega-popularesco, essas mesmas moças precisam dar a impressão de que não querem golpe do baú e são "despretensiosas" no amor. Houve tempo em que elas eram entregues a um celibato profissional, onde havia paqueras de duas horas, namoros de duas semanas e casamentos de três meses. Fora aquelas pseudo-solteiras que vivem muito bem casadas por aí...
Chegaram a dizer que elas "viviam solitárias" porque não aparecia um "cara legal". Mas, nos bastidores, rejeitavam pretendentes. Não convencendo esse celibato, essas moças precisam agora mostrar novos namorados. Recentemente, há rumores de que Nicole Bahls, ex-paniquete, está namorando Enzo Celulari, filho de Cláudia Raia e Edson Celulari, e que Geisy Arruda estaria namorando o palhaço e político Tiririca.
Num caso, é a "morenona" traída por jogador de futebol que agora quer se associar amorosamente a um adolescente ou um rapaz mais novo. É uma forma de minimizar o ambiente machista onde ela faz parte, pois, com um rapaz bem mais novo, inverte-se a relação conjugal em que a supremacia masculina se projeta através da idade e da presumida experiência.
No caso também de ídolos associados ao humorismo, esteticamente considerados pouco atrativos, no caso de Tiririca, é uma maneira de mostrar que, aparentemente, as "musas populares", como Geisy Arruda, possuem escolhas amorosas mais "modestas" e "não muito exigentes".
Enquanto isso, a maioria das mulheres famosas consideradas de classe segue sua vida com seus maridos "importantes", símbolos de liderança e sucesso profissional, mas meros "instrumentos" para "dosar" a independência sócio-econômica de suas esposas através de sua "singela" função marital.
São duas tendências, mas duas fases de uma mesma moeda. O machismo doma as mulheres independentes com a presença "reguladora" de seus maridos poderosos. E, por outro lado, libera as mulheres-objetos, que já servem a valores machistas, a curtir a vida como quiserem, adotando falsa militância LGBT - já que não podem expressar um feminismo de verdade - ou então pegar homens mais novos ou mais modestos.
Por Alexandre Figueiredo- Mingau de Aço
O machismo que exerce influência muito forte na grande mídia, sobretudo a dita "popular", tenta inverter os papéis das mulheres famosas, deixando a emancipação feminina a meio caminho.
A exploração da imagem da mulher brasileira não é só feita através de comerciais de televisão que transformam a dona-de-casa ou numa débil mental ou a profissional liberal numa heroína, mas também é feita através da exploração da vulgaridade feminina, onde o tendenciosismo é ainda mais forte.
Nota-se que a mídia machista tenta inverter os papéis da mulher independente, de maneira que os efeitos das lutas das mulheres por melhor qualidade de vida e justiça social sejam minimizados da maior maneira possível.
Assim, a mídia tenta impor valores sociais que fazem com que as mulheres não se libertem totalmente da simbologia dos valores machistas, mesmo quando tenta de alguma forma uma emancipação social e profissional. O machismo tenta de um meio ou de outro exercer sua influência, ainda que indireta.
As mulheres capazes de dizer opiniões relevantes, expressar inteligência e adotar um mínimo de elegância e compostura possível e referenciais pelo menos não muito constrangedores, precisam, segundo a mídia machista, se projetarem ao lado de algum marido, geralmente ligado a algum cargo de comando ou liderança.
Já as mulheres que "sensualizam" demais, sem medir contextos nem situações e cometem todo tipo de gafe possível, elas, que adotam uma imagem de "mulheres-objetos" para um público masculino menos qualificado, são dispensadas de viverem sob a sombra de algum parceiro evidente.
Elas seguem um receituário machista da mídia popularesca, que no entanto tenta reduzir o teor machista na aparência, para não despertar suspeitas. Assim, as "musas" da mídia machista precisam participar de eventos LGBT (ligados às minorias homossexuais e congêneres) para dar a impressão de que seu meio social não é homofóbico.
O próprio brega se traveste de moderno e a cafonice dominante faz de tudo, em vários setores da dita "cultura popular" midiática, para que pareça "vanguardista" mesmo cheirando a mofo tóxico. O "popular" é pretexto para camuflar valores retrógrados sob o verniz do "novo".
Assim como as mulheres modernas - aquelas que unem classe e inteligência - são empurradas a viver sob a proteção conservadora do poderoso marido, as mulheres retrógradas, que só "mostram demais" seus corpos, são induzidas a usar artifícios "modernos" como divulgar fotos sensuais no Instagram e dar declarações (infelizes) nas redes sociais, dando a crer que elas estão "em dia com os avanços tecnológicos".
NO PASSADO, "BOAZUDAS" SE CASAVAM COM BICHEIROS E "CARTOLAS"
Num passado recente, as chamadas "musas populares" eram esposas de homens machistas geralmente mais velhos. Quando muito, um filho de um banqueiro de bicho com uns seis ou sete anos a mais que a moça em questão. Mas havia casos em que essas mulheres eram esposas de homens bem mais velhos, como velhos bicheiros e dirigentes de escolas de samba (bicheiros ou não) e presidentes de times de futebol ("cartolas").
Hoje, com as mudanças tendenciosas do brega-popularesco, essas mesmas moças precisam dar a impressão de que não querem golpe do baú e são "despretensiosas" no amor. Houve tempo em que elas eram entregues a um celibato profissional, onde havia paqueras de duas horas, namoros de duas semanas e casamentos de três meses. Fora aquelas pseudo-solteiras que vivem muito bem casadas por aí...
Chegaram a dizer que elas "viviam solitárias" porque não aparecia um "cara legal". Mas, nos bastidores, rejeitavam pretendentes. Não convencendo esse celibato, essas moças precisam agora mostrar novos namorados. Recentemente, há rumores de que Nicole Bahls, ex-paniquete, está namorando Enzo Celulari, filho de Cláudia Raia e Edson Celulari, e que Geisy Arruda estaria namorando o palhaço e político Tiririca.
Num caso, é a "morenona" traída por jogador de futebol que agora quer se associar amorosamente a um adolescente ou um rapaz mais novo. É uma forma de minimizar o ambiente machista onde ela faz parte, pois, com um rapaz bem mais novo, inverte-se a relação conjugal em que a supremacia masculina se projeta através da idade e da presumida experiência.
No caso também de ídolos associados ao humorismo, esteticamente considerados pouco atrativos, no caso de Tiririca, é uma maneira de mostrar que, aparentemente, as "musas populares", como Geisy Arruda, possuem escolhas amorosas mais "modestas" e "não muito exigentes".
Enquanto isso, a maioria das mulheres famosas consideradas de classe segue sua vida com seus maridos "importantes", símbolos de liderança e sucesso profissional, mas meros "instrumentos" para "dosar" a independência sócio-econômica de suas esposas através de sua "singela" função marital.
São duas tendências, mas duas fases de uma mesma moeda. O machismo doma as mulheres independentes com a presença "reguladora" de seus maridos poderosos. E, por outro lado, libera as mulheres-objetos, que já servem a valores machistas, a curtir a vida como quiserem, adotando falsa militância LGBT - já que não podem expressar um feminismo de verdade - ou então pegar homens mais novos ou mais modestos.
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