Muito se fala sobre o fato das mulheres serem interesseiras. O mito é o da jovem pobre que se casa com um homem rico no mínimo 20 anos mais velho, mudando radicalmente de vida. Mas este conto de fadas, relatado em filmes como Uma Linda Mulher, é mais comum na ficção e que na vida real, as coisas acontecem de forma diferente.
É nítido o fato de que as mulheres interesseiras, em grande maioria, não vem das classes operárias, de onde deveria se esperar vir as mulheres interesseiras. Vem das classes médias, sobretudo da alta. Mas porque uma mulher que tem o potencial de ter uma boa vida pelos próprios custos, só quer se casar com um homem bem resolvido financeiramente, com renda consideravelmente alta?
A explicação para isso está na manutenção do padrão de vida. As mulheres que foram criadas na classe média, além da pressão social por um determinado padrão de vida, as mulheres estão acostumadas em viver este padrão.
A meta é arranjar um homem que possa ajudá-la a manter este padrão. Mesmo que a mulher tenha seu próprio ganho, é sempre legal usar o matrimônio para aumentar a renda. Ruim é a mulher de classe média se unir a um homem de classe inferior e sustentá-lo. Se é bonito uma mulher ser sustentada pelo marido a troca de gêneros gera algo socialmente reprovável.
Isso não acontece com frequência na classe operária, a não ser nos casos de arrivismo (subida de classe a todo o custo). Geralmente, a classe operária, cheia de problemas, desenvolve o altruísmo por entender o sofrimento e é comum haver mais amor entre estes casais, embora a mídia e as músicas bregas (controladas pela mídia corporativa) tentem criar uma discórdia entre os casais nesta classe.
Mulheres da classe operária, com profissões desprestigiadas não se importam em se envolver com homens com pouca renda ou desempregados. Muitas costumam ser menos exigentes nos aspectos de proteção e sustento, prestando mais atenção ao caráter do pretendente do que em suas posses ou em seu porte físico.
Como consideram uma utopia casar com um homem mais rico, este mais desejoso por mulheres de um certo nível intelectual, se conformam com a sua situação e vão amolecendo o seu coração, preferindo um relacionamento mais romântico, mesmo que problemático, pela situação crônica da classe operária.
Isso tudo explica porque a maioria dos casamentos por interesse acontecem nas classe média e alta. Nas classes altas, acima das médias, há a união que favorece o poder, criando espécie de dinastias. Na classe média, o interesse é mais pelo conforto excessivo que satisfaz as mulheres de classe média.
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