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Esquerdistas aplicam conceitos da Meritocracia na vida afetiva


Sempre é complicado para quem é bem sucedido entender a dificuldade de quem não consegue obter o mesmo sucesso. Por mais altruístas que sejam os esquerdistas, eles se baseiam naquilo que conhecem, pois em seus meios, a maioria se deu bem na vida amorosa, obtendo matrimonio. Por isso criaram estereótipos negativos para quem tem a solidão como sina desagradável.

A figura estereotipada conhecida como "celibatário involuntário" tem sido bastante difundida pelos esquerdistas, como se a conquista amorosa fosse algo fácil. Não é, pois além das mulheres tradicionalmente fazerem muitas exigências, a paquera não pode ser feita em qualquer situação.

Para piorar o que já era ruim, as medidas tomadas para tentar evitar o assédio tem dificultado a paquera, fazendo com que muitos homens, principalmente os mais tímidos, tenham medo de falar com as mulheres. 

Como mulheres nunca tomam iniciativa, para não serem confundidas com prostitutas (outro estereótipo equivocado - mulheres tomando iniciativa nada tem a ver com prostituição e não estraga a dignidade feminina), os homens tímidos ou em condições de serem rejeitados (por falta de dinheiro, de força física, de estatura, etc.) acabam por se tornar "celibatários involuntários", o que no contexto atual os faz serem confundidos como fascistas, o que piora ainda mais a dificuldade já existente.

Para os esquerdistas, que condenam a meritocracia econômica, a meritocracia afetiva é muito bem vinda. Cada homem deve se virar para arrumar uma mulher , sem romper, em qualquer hipótese, com as regras de conquista impostas pelos costumes sociais. E aí de quem romper, sendo acusado de assédio ou de coisas parecidas, correndo o risco de punições severas.

Os bem sucedidos são abraçados pela sociedade e podem reiniciar as suas vidas amorosas novamente, caso o relacionamento atual termine por algum motivo. Afinal, são os bem sucedidos da meritocracia amorosa. Quanto aos perdedores, estigmatizados como "fascistas", condena-se à solidão eterna, sem a mínima chance de defesa.

A estigmatização negativa a homens com dificuldades de conquista amorosa, seja por timidez ou pela inadequação a regras impostas (como a recusa em ir a bares), tem muito a ver com a meritocracia, pois a conquista amorosa, transformada em algo que somente os capazes e os eleitos podem alcançar, acaba por iniciar uma competição em que uns perdem para outros ganharem, nem sempre pelos critérios mais justos.

Os esquerdistas deveriam parar de estereotipar as vidas amorosas e pensar em meios de democratizar a conquista afetiva, afrouxando regras, ampliando lugares de paquera e diminuindo as exigências para que homens "menos capazes" possam se tornar capazes.

Enquanto isso não acontece, a vida amorosa segue sem democracia, com  solitários estereotipados que só veem as dificuldades crescerem diante de si, por causa de uma sociedade que não consegue existir em estereotipar os diferenciados.

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