Tanto mulheres quanto homens erram quando falam sobre vida afetiva. Embora ninguém goste de falar sobre isto, há de fato uma competição na corrida pela vida afetiva. O amor livre ainda é tabu e até quando deixar de ser, todo mundo quer se casar, mesmo que a vida de casado seja a mais chata possível. Ser casado significa ser vencedor na corrida pela conquista do coração alheio.
Mas o caminho para a realização afetiva é muito difícil, apesar da maioria pensar o contrário. A conquista é cheia de regras e exige confiança. O que complica ainda mais se lembrarmos que vivemos em um mundo egoísta, ganancioso e traiçoeiro. Sem falar das uniões por interesse, já que a lei permite que o casamento seja fonte de enriquecimento e obtenção de uma série de benefícios.
Numa época em que acusações de assédio tornaram a conquista ainda mais complicada, exceto para os Dons Juans enrustidos de plantão (interessante como bons conquistadores odeiam assumir que são bons conquistadores), mulheres aumentaram ainda mais a desconfiança, e consequentemente as regras de conquista.
Claro que não apoiamos o assédio. Mulheres merecem respeito. Mas temos que concordar que as mulheres estão agindo da pior maneira ao se voltarem contra o assédio. A conquista virou exclusividade de quem sabe conquistar eliminando os concorrentes menos capazes da corrida afetiva.
Revoltante saber que as mesmas mulheres que cobram o fim dos padrões para a beleza feminina, limita a conquista a homens que se encaixam no perfil protetor/provedor ou são extrovertidos o suficiente para tomar iniciativa certa na hora certa.
Porque as mulheres ainda não revelaram como querem ser paqueradas? Porque as mulheres nunca demonstram quando estão a fim de namorar? E os homens? Porque os homens que se dã bem com as mulheres nunca revelam seus segredos de conquista aos homens menos sucedidos?
Na verdade isso só aumenta a solidão dos menos capazes, escancarando a hipocrisia tanto de homens como de mulheres, que desejam que a felicidade afetiva seja privilégio dos que se encaixam nas rígidas regras impostas pela sociedade. Isso é ruim. Isso é falta de amor.
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